Esta sessão foi marcada por discussões que relacionam os jovens e as diversas formas como estes se relacionam e movimentam nos meios digitais. Foram apresentadas pesquisas multifacetadas, desde propostas de métodos de análise de dados provenientes da internet a trabalhos com premissas interdisciplinares.
Antonio García-Jiménez, da Universidad Rey Juan Carlos (Madrid), iniciou o fluxo de apresentações destacando a interação de influenciadores adolescentes com os seus seguidores no YouTube. O seu trabalho está enquadrado em vários grupos de pesquisa que relacionam desinformação, juventude e redes sociais. O orador destacou uma metodologia que mescla análise de discurso e análise de redes socais através de coleta automatizada de dados apoiada por inteligência artificial. O foco da sua comunicação recai em como os jovens se informam por aplicativos como TikTok, seguindo influenciadores de variadas áreas como videojogos, moda, entre outras temáticas.
A sessão prosseguiu com Diana Pinto (ICNOVA) e o seu trabalho sobre a saúde mental e bem-estar psicológico dos adolescentes nos ambientes online. Parte da sua pesquisa recorreu à elaboração de workshops com jovens e a forma como estes utilizam a internet, confrontando-os posteriormente com os resultados. A pesquisadora procura ainda analisar como estes jovens exploram temáticas sobre saúde mental no ciberespaço.
Na terceira participação, Maria José Brites (Lusófona), que também moderou a sessão, correlacionou jovens, algoritmos e culturas noticiosas digitais. A oradora apresentou um trabalho exploratório sobre como os utilizadores mais jovens encaram os desafios algorítmicos na era digital. Isto inclui a forma como eles socializam através de plataformas, mas também como lidam com a existência de algoritmos a elas adjacentes, sem esquecer as suas implicações nos processos de seleção de informação no seu quotidiano.
Para encerrar tivemos a comunicação de Célia Quico, também da Universidade Lusófona, que nos mostrou diversos projetos que buscam compreender a importância do oceano para os seres humanos, e como a ação humana impacta os mares. Esta apresentação destacou o papel das tecnologias emergentes, como a realidade virtual, enquanto ferramentas que podem contribuir para a literacia do oceano.
Por Davide Gravato
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