A sessão paralela sobre jornalismo e sociedade, no dia 25, abriu espaço para a discussão de práticas digitais e o uso da tecnologia nesta área. Este momento teve moderação de Filipa Subtil.
Uma das comunicações focou-se no poder da Inteligência Artificial. João Pedro Batista, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, apresentou o seu estudo que consistia na comparação entre notícias geradas pela ferramenta Chat GPT e notícias redigidas por humanos. O comunicador referiu que é frequente que os textos resultantes de IA sejam melhores que aqueles produzidos apenas por jornalistas. Ainda assim, é importante perceber que apesar do uso de ferramentas como esta constituir uma ameaça para os profissionais da área, depende sempre dos mesmo para funcionar.
Nesta sessão foram ainda discutidos temas como “Jornalistas e literacia algoritmica”, apresentado por Paulo Couraceiro e Ana Pinto-Martinho, ambos do ISCTE-IUL. Este estudo, semelhante ao anterior, tinha como foco a descoberta da eficiência de algoritmos digitais para a produção de textos jornalísticos de qualidade.
Anabela Gradim abordou um dos grandes problemas da atualidade, as fake-news referentes à ciência. A interveniente argumentou que a desinformação sobre a ciência que surgiu com a pandemia não desapareceu a par da mesma, uma vez que o seu propósito é político e não científico.
Foi ainda possível perceber a diferença entre Jornalismo de Dados e Jornalismo com Dados com a exposição de Cláudia Dominguez, da Universidade do Minho. Com estudo entre Portugal e Espanha, a autora apercebeu-se que vários profissionais confundiam a prática das duas formas de jornalismo abordadas.
A audiência mostrou-se bastante interessada, participando ativamente no debate final da sessão.
Por Iara Monteiro
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